quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Oliveira


azinheira


Sobreiro


Augusto da Fonseca JR


Augusto da Fonseca JR

Augusto da Fonseca Júnior (Colos, 10 de Fevereiro de 1895Lisboa, 2 de Janeiro de 1972) foi o décimo-sétimo presidente do Sport Lisboa e Benfica (1939-1944). Ocupou o cargo a 1 de Agosto de 1939, depois de ter sido presidente da Assembleia Geral nos quatro anos anteriores. Tinha um apurado sentido de responsabilidade e uma noção clara da relação que os sócios deviam manter com o clube. Foi com Augusto da Fonseca que o Benfica passou das Amoreiras para o Campo Grande, sendo-lhe justamente reconhecido um importante papel no âmbito das difíceis negociações com a Câmara Municipal de Lisboa.
Era filho de José Augusto da Fonseca e de Mariana Antónia de Jesus, comerciantes na Vila de Colos. Oriundo de uma família, diriamos, da classe média, seus pais tiveram, ainda assim, posses e vontade para enviar o seu filho para Coimbra, a fim de estudar Medicina. A sua passagem pela universidade deixou lendária memória. Espírito franco e insubmisso, lembrado pelas atitudes de desassombro e irreverência, pela graça esfuziante e verbo brilhante, esteve associado a proezas estudantis que culminaram com a célebre "tomada da Bastilha" em 1921.
Em Coimbra, Augusto da Fonseca presidiu ainda á direcção da Associação Académica e, ele próprio, se destacou como desportista. Aliás, havia jogado futebol nas primeiras categorias do Benfica, antes de, em 1914, ter ido para Coimbra. De regresso a Lisboa, após a conclusão da licenciatura, continuo sempre ligado à actividade desportiva. Entre 1939 e 1944, foi Presidente da Direcção do Sport Lisboa e Benfica, no tempo em que não havia dúvidas sobre a genuína paixão desportiva dos dirigentes desportivos. Foi ainda Presidente da Assembleia-geral do Benfica, entre outras funções, e recebido várias honras dentro do clube. Entretanto, completado o curso de medicina, foi médico da Armada e, em breve, nomeado Governador Civil de Beja, importante cargo que ocupou até 1931. Nunca esquecendo a terra natal, Colos, em 1930, por exemplo, face ao desemprego generalizado, colocou à disposição da Junta de Freguesia a quantia de 1.100$00, para atenuar os efeitos mais gravosos da crise. E, 1949 foi um notável apoiante da candidatura de Norton de Matos à Presidência da República, ficando célebre o seu discurso em Beja no dia 30 de Janeiro de 1949, onde criticou duramente o Estado Novo.
Em 1958 foi apoiante de Humberto Delgado. À data da sua morte em Lisboa, a 2 de Janeiro de 1972, alguns órgãos de informação, como a Vida Mundial e o jornal A Bola, recordaram o homem, a sua cativante personalidade, o seu percurso estudantil e politico, a sua acção desportista e de dirigente desportivo.

Chalé


Chalé